quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Guido Schäffer, o surfista carioca que pode virar santo



São Francisco carioca. É assim que Dom Roberto Assis Lopes, delegado episcopal para a Causa dos Santos da Arquidiocese do Rio de Janeiro, descreve o médico, seminarista e surfista Guido Schäffer.
Segundo descreve o então estudante de engenharia Eduardo Martins a O Globo, naquele 1º de maio de 2009, as condições para a prática do surf estavam perfeitas.
Martins tinha ido ao mar do Recreio comemorar sua despedida de solteiro e presenciou o acidente que vitimaria Schäffer. Uma manobra malsucedida fez a prancha acertar a nuca do seminarista, que morreu afogado aos 34 anos.
Sua morte causou enorme comoção e ele passou a ser chamado de "o anjo surfista". O epíteto virou título de uma biografia escrita pelo moçambicano radicado em Portugal Manoel Arouca em 2013. Depois, a história virou documentário em vídeo.

Beatificação

Na missa de corpo presente, mais de 2 mil pessoas se reuniram na Igreja de Nossa Senhora de Copacabana. Entre elas estava Dom Orani Tempesta, que acabara de ser nomeado arcebispo do Rio. Tamanha comoção levou a Igreja a reivindicar seu nome para santo.
Em maio deste ano, Dom Roberto Assis Lopes foi à Roma para dar entrada no processo de beatificação no Vaticano. Atualmente, aguarda-se para que a Congregação para as Causas dos Santos conceda o "nihil obstat", uma espécie de nada a opor para que Schäffer se torne beato.
Inúmeros relatos de cura têm sido atribuídos ao surfista. Segundo a bacharel de Direito Márcia Sacramento contou a O Dia, ela diz que sua gestação foi de risco devido a inúmeros sangramentos, mas que foi curada quando apelou a Guido. Sacramento deu ao filho o nome de seu milagreiro.
"Guido era um homem do século 20 e, ao mesmo tempo, um São Francisco carioca, que serve de modelo para a Igreja e para a juventude mundial", opinou Dom Roberto Lopes ao jornal carioca.

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